Forrageiras

Por Duda Sanmartini

As cactáceas estão longe de serem apenas destinadas ao paisagismo, conforme já mencionei. Em alguns casos, como vou escrever hoje, são fonte de alimento e proteção.

As vespas da espécie P. Canadensis, por exemplo, dão preferência aos cactos colunares, alimentam-se das frutas e os espinhos servem como proteção contra o predador.

No nordeste do país, onde a seca é prolongada, devido a capacidade de reter água, os cactos chegam mesmo a salvar a vida, não só dos animais, mas também do homem do sertão, matando a sede e muitas vezes a fome.

Na cidade de Juazeirinho, na Paraíba, foi criado o Centro da Palma, espécie de cactos usada como ração animal. Neste Centro desenvolveu-se o uso da Opuntia fícus-indica na confecção de sabonetes, shampoos, hidratantes, isso na área estética. Na alimentação humana já são feitos sucos, bolos e as pesquisas não param.

A palma, como forrageira na alimentação dos rebanhos caprinos e ovinos, já é lugar comum no sertão. A palma é plantada em larga escala, uma vez que é adaptada a aridez do nordeste brasileiro. Vale lembrar que apesar de bastante utilizada, a Opuntia fícus-indica, é limitada quanto ao valor protéico e quantidade de fibras necessárias na alimentação dois ruminantes. O mandacaru e o xique-xique que são nativos do Rio Grande do Norte também podem ser utilizados, desde que sejam queimados seus espinhos e que estejam picados. Resumindo, estas espécies podem ser usadas na alimentação de ruminantes. Mas aja cactos para alimentar uma vaca!

Valeu Tio Eduardo? Se vocês não sabem quem é, eu vou apresentar, ele é Eduardo Tavares, meu Tio Avô, Engenheiro Agrônomo que me orienta neste caminho onde eu ainda nem sei engatinhar. Formado pela UFRRJ, pra onde eu espero ir também, afinal...de lá saem os melhores! Não é assim que se fala?  Ah! Ele também é professor e advogado. Beijos, Beijos.